Grandes Gênios da Ciência: Eratóstenes

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Eratóstenes (do grego Ερατοσθένης) (285 - 194 a.C.) foi um matemático, bibliotecário e astrônomo grego. Nasceu em Cirene,Grécia, e morreu em Alexandria. Estudou em Cirene, em Atenas e em Alexandria . Os contemporâneos chamavam-no de "Beta" porque o consideravam o segundo melhor do mundo em vários aspectos. Mas como disse Carl Sagan, ele era Alpha em muitas coisas.
O sábio passou boa parte da vida em Alexandria. Em 255 a.C., criou a esfera armilar calculou com bastante precisão para a época a distância da Terra ao Sol. Em 236 a.C., foi escolhido como director da famosa Biblioteca de Alexandria. Acredita-se que Eratóstenes tenha ficado cego em 194 a.C. e, um ano depois, tenha morrido por inanição, propositadamente deixando de se alimentar.Consta que Eratóstenes tenha criado um catálogo com 675 estrelas fixas, mediu a inclinação da eclíptica e criou a esfera armilar. Ele era historiador, geógrafo, matemático, astrónomo, filósofo, poeta e crítico de teatro, tratou com igual profundidade todas as ciências do tempo, pois as obras tratam desde A Libertação da dor até a Astronomia.

Eratóstenes suspeitou que a Terra era esférica e, com auxílio da trigonometria, mediu com engenhosidade e relativa precisão o perímetro da circuferência máxima.

Num dos rolos de papiro da Biblioteca de Alexandria, encontrou a informação de que na cidade de Syene (hoje Assuã), ao meio-dia do solstício de verão (o dia mais longo do ano, 21 de junho, no Hemisfério Norte), o Sol se situava a prumo, pois iluminava as águas profundas de um poço, sem ocasionar uma sombra. Entretanto, o geômetra observou que, no mesmo horário e dia, as colunas verticais da cidade de Alexandria projetavam uma sombra diferente. Conforme concluiu, este fato só poderia ser possível se a Terra fosse esférica. Aguardou o dia 21 de junho do ano seguinte e determinou que se instalasse uma grande estaca em Alexandria. Ao meio-dia, enquanto o Sol iluminava as profundezas do poço em Syene (fazia ângulo de 90º com a superfície da Terra,uma sombra), Eratóstenes mediu, em Alexandria, o ângulo da sombra era de 7º12', ou seja, aproximadamente 1/50 dos 360º de uma circunferência. Portanto, o comprimento do meridiano terrestre deveria ser 50 vezes a distância entre Alexandria e Syene.

Para medir esta distancia, Eratóstenes organizou uma equipe de instrutores com os camelos e escravos a pé seguissem em linha reta, percorrendo desertos, aclives, declives e tendo que, inclusive, atravessar o rio Nilo. A distância mensurada foi de 5.000 estádios. Assim, multiplicando 5.000 estádios por 50, concluiu que o perímetro da circunferência máxima da Terra deveria ser de 250.000 estádios. Não se sabe ao certo a equivalência de estádio (usado por Eratóstenes) e metros, pois obras distintas relatam diferentes conversões, mas Gulbekian sugere que um estádio seria equivalente a 166,7 metros.

Nosso próximo gênio será Aristarco de Samos.

Grandes Gênios da Ciência: Hipátia

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Hipátia (ou Hipácia) de Alexandria (em grego: Υπατία), matemática e filósofa neoplatônica, nascida aproximadamente em 370 e assassinada em 415.

Criada em um ambiente de idéias e filosofia, tinha uma forte ligação com o pai (Theon, um renomado filósofo, astrônomo, matemático, autor de diversas obras e professor em Alexandria), que lhe transmitiu, além de conhecimentos, a forte paixão pela busca de respostas para o desconhecido. Diz-se que ela, sob tutela e orientação paternas, submetia-se a uma rigorosa disciplina física, para atingir o ideal helênico de ter a mente sã em um corpo são.

Estudou na Academia de Alexandria, onde devorava conhecimento: matemática, astronomia, filosofia, religião, poesia e artes. A oratória e a retórica também não foram descuidadas.

No tocante à religião, buscou e obteve informações sobre todos os principais sistemas religiosos da época tempo, tendo sempre o cuidado de não permitir que essas crenças limitassem ou deturpassem a busca de conhecimento.

A maioria de suas obras não chegou até nós, tendo sido destruída junto com a Biblioteca ou quando o templo de Serápis foi saqueado. O que sobrou provém, principalmente, de correspondências que ela trocava com outros professores e com os alunos. Um desses alunos foi o notável filósofo Sinésio de Cirene (370 - 413), que lhe escrevia freqüentemente, pedindo-lhe conselhos. Por meio destas cartas, sabemos que Hipátia inventou alguns instrumentos usados na Física e na Astronomia, tais como o astrolábio, o planisfério e um hidrômetro.

Sabemos também que desenvolveu estudos sobre a Álgebra de Diofanto ("Sobre o Cânon Astronômico de Diofanto"), tendo escrito um tratado sobre o assunto, além de comentários sobre os matemáticos clássicos, incluindo Ptolomeu. Em parceria com o pai, escreveu um tratado sobre Euclides.

Ficou famosa por ser uma grande solucionadora de problemas. Matemáticos confusos, com algum problema em especial, escreviam-lhe pedindo uma solução. E ela raramente os desapontava. Obcecada pelo processo de demonstração lógica, quando lhe perguntavam porque jamais se casara, respondia que já era casada com a verdade.

Por ensinar que o Universo era regido por leis matemáticas, Hipátia foi considerada herética, passando a ser vigiada pelos chefes cristãos. Por algum tempo, a admiração do prefeito romano Orestes (que fora aluno) a protegeu. Mas quando, em 412, Cirilo tornou-se Patriarca de Alexandria, sua sorte foi selada.

Numa tarde de março de 415, quando regressava do Museu, Hipátia foi atacada em plena rua por uma turba de cristãos enfurecidos. Ela foi golpeada, desnudada e arrastada pelas ruas da cidade até uma igreja. No interior do templo, foi cruelmente torturada até a morte, tendo o corpo dilacerado por conchas de ostras (ou cacos de cerâmica, segundo outra versão). Depois de morta, o corpo foi lançado a uma fogueira.

No século VII, o bispo João, de Nikiu, nos escritos, justificou o massacre de judeus e o assassinato de Hipátia, ocorridos naquele ano, alegando tratar-se de medidas necessárias para a sobrevivência e o fortalecimento da Igreja. É por meio destes escritos que conhecemos os detalhes da morte daquela que viria a ser chamada de Mártir do Paganismo.

A morte trágica de Hipátia foi determinante para o fim da gloriosa fase da matemática alexandrina, de toda matemática grega e da matemática na Europa Ocidental. Após seu desaparecimento, nada mais seria produzido por um período mil anos e, por cerca de doze séculos, nenhum nome de mulher matemática foi registrado.

Dentre suas obras, é obrigatório citar:

  • Comentário à Aritmética de Diofanto.
  • Sobre as cônicas de Apolônio de Perga.
  • Corpus Astronômico.
  • A invenção do Densímetro, aparelho que mede a massa específica de um líquido.
  • A invenção do Astrolábio, aparelho usado para localizar astros no céu.






Nosso próximo gênio é Eratóstenes.

Grandes Gênios da Ciência: Ptolemeu

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Ptolomeu (gravura do século XVI).

Claudius Ptolemaeus (Ptolomeu), nascido em 90 D.C. e morto em 168 D.C., foi um cientista grego que era reconhecido pelos seus feitos na astrologia, astronomia, matemática, cartografia e geografia. Tinha também alguns trabalhos na óptica e na teoria musical.

Apesar de seus feitos ele tinha um defeito: Ele defendeu o mundo geocêntrico( a Terra no centro do Universo), e esse modelo permaneceu como sendo verdadeiro por 1500 anos! Ptolomeu sabia sobre a precessão dos equinócios (mudança do eixo terrestre a cada 23 mil anos).

Ptolomeu também desenvolveu trabalhos matemáticos e foi um notável geômetra. Os cronistas antigos mencionam várias obras de sua autoria, infelizmente desaparecidas. Por exemplo, Sobre a dimensão, na qual ele procura provar que só pode haver espaço tridimensional, ou Analemma, em que discute detalhes da projeção ortogonal dos pontos da esfera celeste sobre três planos e propõe nova demonstração para o postulado das paralelas de Euclides. Na área da física, temos duas de suas obras: Óptica, em que ele trata da refração, e Harmonias, na qual se refere à acústica e à teoria matemática dos sons empregados na música grega.

Foi considerado um dos últimos grandes cientistas gregos.



A próxima será a cientista Hipátia.




Grandes Gênios da Ciência

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A partir de hoje vamos escrever uma série das maiores mentes da nossa civilização, desde da Biblioteca de Alexandria á época dos foguetes!